quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ele adorava ouvir uma viola saudosa um poeta dizendo em glosa, a poesia sentir Já não está mais aqui
quem nos deu tanta alegria, pois foi chegado o seu dia um espaço grande deixou, a morte ingrata levou um amante da poesia.

Certa vez passando no bar de Valmiro de onde ele era frequentador assíduo, observei na foto ele ao lado dos amigos Tio Zé e Valdo Alexandre, foi aí que percebi que tudo estava do mesmo jeito, as mesmas mesas, os mesmos copos, a mesma música. Só ele não estava mais. Então ao pegar um guardanapo e uma caneta fiz esse poema pra ele.


Delmiro Alexandre Filho (Delmirinho)

Tudo ainda está como deixastes
Apesar de passados longos anos
Só não morrem a saudade e os desenganos
Na lembrança poeta, tu ficastes
Nestas mesas quantas mágoas afogaste
Sem pensar que tão cedo ias partir
A matéria pode a terra consumir
Mais sua história de vida não consome
Ficam vivos seus exemplos e o seu nome
Na memória dos que gostam de ti 

João Luciano Tenório

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