quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Poema dedicado a meu Tio Toinho.


Poeta Antônio Alexandre Filho
(Tio Toinho)

Sua missão: ajudar
Sua atitude: assumir
Sua conta: dividir
Seu desejo: se doar
Sua mensagem: é levar
Paz, amor e união
Sua arma: um violão
A munição: poesia
Um sonho: quem sabe um dia
Regressar ao seu torrão

Autor: João Luciano.

Mote: O amor que menos custa, custa a saudade que deixa.

Custa o tempo passar
Pra quem tem amor ausente
Saudade se faz presente
Você custando chegar
Em tudo quanto é lugar
O mundo pra mim se fecha
Meu coração sente a queixa
A paz foge, se assusta
O amor que menos custa
Custa a saudade que deixa

Autor: João Luciano.

Se eu te perder.

Se o sonho acabar, sei, não resisto
Resistindo viverei sem ter prazer
Se viver sem prazer não é viver
Não suporto a angústia e desisto
Se lutando quem sabe eu conquisto
Não conquistando ficarei dilacerado
Mesmo assim, se eu viver apaixonado
Eu direi que assim valeu a pena
A cortina fechou, sai de cena
No teatro da vida abandonado

Autor: João Luciano.

Mote: Nasce o homem, se cria, vive e morre. Envolvido no véu na ilusão.

Na infância, na minha adolescência
Eu sonhava com o que queria ser
Planejando o que iria ter
Eu buscava das rosas a essência
Com a idade chegou a decadência
O desprezo, doença e solidão
Arco-íris tornou-se escuridão
E quem tanto ajudei não me socorre
Nasce o homem, se cria, vive e morre
Envolvido no véu na ilusão

Autor: João Luciano.

Mote: Na janela da lembrança, chora os olhos da saudade.

Não tive mais alegria
Desde quando foste embora
Minh'alma ferida chora
Ao lembrar quem eu queria
Só quem amou algum dia
Sabe o que é felicidade
Minha única verdade
De tê-la, resta esperança
Na janela da lembrança
Chora os olhos da saudade

Autor: João Luciano.

Mote: Se eu morrer sem gozar os seus carinhos, minha alma chorando lhe procura.

Desde quando eu te vi a vez primeira
Nutro em mim ilusões de mil desejos
O universo de estrelas dou-te em beijos
Pois quem sabe assim dessa maneira
No brinquedo do amor ser brincadeira
Na saudade que dói ser minha cura
Flor mulher, doce, bela, virgem, pura
Que de sonhos pra mim constróis ninhos
Se eu morrer sem gozar os seus carinhos
Minha alma chorando lhe procura

Como a flor que exala o seu perfume
Tu perfumas o pomar da minha vida
Se estou só me vejo sem saída
Minha luz sem você fica sem lume
Fico triste, opaco, num negrume
Perco a paz, perco o sono, a candura
Sem amor, sem afeto, sem ternura
A tristeza fechando meus caminhos
Se eu morrer sem gozar os seus carinhos
Minha alma chorando lhe procura

Autor: João Luciano.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Linhas do Poeta Maciel Melo

Ja errei muito mais do que devia
Hoje estou começando a errar bem menos
Meus deslizes começam a ser pequenos
Bem menores que a ânsia de chegar
Eu sai sem saber como voltar
Eu segui os atalhos do destino
Apanhei pra deixar de ser menino
Hoje apanho tentando não não errar.
Já andei muitas braças, muitas léguas
Tive grandes e enormes bons amigos
Tive vários amores, tive abrigos
Tive abalos, caí, me levantei
Tive acasos, perdi, também ganhei
Meus pecados paguei em alto preço
Me perdoem se acharem que mereço
Se mereço até eu nem mesmo sei
Sei que nada se perdera por completo
Ainda resta um restinho de esperança
Um fiapo, uma nesga de lembrança
De um passado feliz que me marcou
Um poeta, um boêmio, um cantador
Uma prosa, um soneto, uma piada
E uma canção pelas retinas desabou
Meu desafio pelas léguas caminhou
Fui ferido e feri quem me feriu
E ferindo a feria se abriu
Nunca mais suturou, tornou-se chaga
Uma canção de amor me embriaga
Em doses de versos Buarqueanos
E uma bandeira branca em fino pano
Bem no seio da minha alma foi fincada
Foi ficando cada vez mais hasteada
E bem no alto tremula irradiante
Acenando aos poetas mais errantes
Quero paz e o resto a gente enterra
Qualquer mágoa nesta hora se encerra
Meu abraço abre os braços para os teus
E se teus braço chegarem juntos ao meus
Eu abraço e nunca mais teremos guerra.


Autor: Maciel Melo