quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Essa noite eu retalho o mundo inteiro, com a peixeira amolada do repente.

O meu peito inundado de saudade
Me inspira cantar as minhas dores
Ao lembrar do passado, dos amores
Tudo enfim que vivi, minha verdade
Também canto a vila e a cidade
O amigo que está e o ausente
Tempestade de verso em minha mente
Feito um raio o poema sai ligeiro
Essa noite eu retalho o mundo inteiro
Com a peixeira amolada do repente

Resgatando a história do sertão
Vou falar do beato conselheiro
De Antônio Silvino, o cangaceiro
Virgulino Ferreira, o Lampião
Declamar mil poemas de Cancão
E falar de amor solenemente
Vou canta o nordeste e nossa gente
A grandeza de Pinto do Monteiro
Essa noite eu retalho o mundo inteiro
Com a peixeira amolada do repente

Relembrar um Gonzaga, um Vitalino
Um forró de latada ao candeeiro
No São João do sertão Pajeúzeiro
Vou cantar o meu tempo de menino
Quero ouvir da igreja o som do sino
Tudo em mim ainda está muito presente
Vou guardar para sempre em minha mente
Esse tempo passado prazenteiro
Essa noite eu retalho o mundo inteiro
Com a peixeira amolada do Repente

E na força veloz do pensamento
Eu viajo de Tókio pra Karachi
Em Bangkok talvez você me ache
Vou seguindo pra Londres num intento
Canadá em Vancouver vou atento
Bagdá eu parei prudentemente
Em Espanha da qual sou descendente
Acho o povo de lá hospitaleiro
Essa eu retalho o mundo inteiro
Com a peixeira amolada do repente

Poeta João Luciano Tenório

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