quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Poema a Venturosa




Quem me dera ser Poeta desse tanto. Parabéns Poeta, bonito demais.


Poema a Venturosa


Venturosa cidadela,
Cenário da minha infância,
Cruzo as névoas da distância
Num vôo-imaginação
Para tê-la na lembrança,
Sentir-me outra vez criança,
Calças curtas, pés no chão.

Quem me dera a Boa Sorte
Da saudosa brincadeira
À sombra da romãzeira,
No quintal onde cresci;
Das praças, Do cata-vento,
De cada doce momento
Nesse solo onde nasci.

Sou até hoje o menino
Que brincava nessas ruas;
Contemplava as tardes tuas;
Os encantos que possuis.
Teu Ipanema... um espelho!
Refletindo um céu vermelho
Por trás das serras azuis.

Mas, um vento aventureiro
Varreu-me por entre as serras;
Lançando-me n´outras terras,
Amputou-me do teu chão.
Se me aflige a tua ausência,
Procuro na transparência
Do véu da recordação.

Ora, ausente, te desejo
Toda sorte de venturas;
Que te venham das alturas,
As santas bênçãos de Deus!
Mesmo eu tendo outra bandeira,
Serás sempre a verdadeira
Menina dos olhos meus.

Poeta Luciano Dionísio
Endereço Eletrônico: lucianodionisio.blogspot.com

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